A caça a baleias francas começa no ano de 1652, nas águas holandesas. Apesar do interesse do mercado holandês em baleias francas, as caças só voltam a acontecer em 1792, em Table Bay. A quantidade de baleias mortas nesse período é assustadora: cerca de 1000 baleias foram mortas entre os anos 1791 e 1792. Na época, não havia uma regulamentação que limitasse a quantidade de baleias que poderiam ser mortas, então, os baleeiros aproveitavam-se disso e matavam quantas baleias preferissem.
Antes disso, o capitão norte-americano Uriah Bunker encontrou baleias em abundância na costeira brasileira, no ano de 1775. Porém, em 1830 a matança havia ocorrido de tal forma, que a quantidade de cetáceos na nossa região já havia diminuído drasticamente.
Na década de 30, finalmente, houve um acordo internacional de proteção integral às baleias, porém, isso não foi o suficiente para impedir que houvesse, ainda, a matança de baleias na nossa região. Enquanto Lagoinha (região de Florianopólis) e Garopaba mantiveram o massacre de baleias até a década de 1950, Imbituba foi mais longe, indo contra os acordos e assassinou baleias até 1973.
A captura de baleias era feita com o uso de arpões manuais amarrados nos barcos, que eram atirados nas baleias. As baleias carregavam os barcos até cansarem, enquanto sangravam até morrer. Para facilitar a captura, alguns baleeiros fixavam dinamites nos arpões, que eram cravados nas baleias. Em 1952, os baleeiros imbitubenses passaram a usar uma outra técnica denominada canhão-arpão, a qual aumentava a eficiência das caças e foi o que causou o pico de matança de animais em 1957.
De acordo com as estatísticas oficiais, cerca de 30 baleias foram mortas entre os anos de 1954 e 1963, entretanto, segundo depoimentos de caçadores de baleias catarinenses, o número de baleias mortas foi muito maior na época, podendo chegar até 350 animais mortos nesse período. Apenas em 1973, teve o fim dessa indústria e a captura de uma baleia com 14 metros selou esse final.
Fonte:
Instituto Australis: http://baleiafranca.org.br/a-baleia/a-matanca/
Foto por: Antônio Machado